O Ceará sofre com a seca desde 2012. Órgãos públicos desenvolvem ações para combater a estiagem. (FOTO: Tribuna do Ceará)
O nível médio do volume dos reservatórios do Ceará está com27% acumulado, segundo o Portal Hidrológico do Ceará. A região que mais sofre é a da bacia dos Sertões de Crateús, que possui apenas 1,84% do volume. Semelhante a ela, as bacias do Curu e do Baixo Jaguaribe também enfrentam dificuldades no abastecimento.
Segundo o gerente regional de Crateús, Francisco Rodrigues Júnior, a Companhia de Recursos Hídricos realiza um acompanhamento dos reservatórios durante todo o ano para conviver com o problema. “A evaporação nessa região é muito alta. Nós já sofremos com a falta da reposição, são três anos de seca que o Ceará enfrenta. A solução no momento é adotar medidas emergenciais como perfuração de poços, carros-pipa e adutoras”, explica.
Durante o primeiro semestre do ano, a evaporação é mais baixa devido aos períodos chuvosos e a presença de nuvens. Já no segundo semestre, a evaporação cresce devido à maior incidência solar, vento e poucas nuvens. Essa evaporação pode chegar até 2,4 metros. Uma das medidas tomadas pelo governo do Estado é a implantação de uma adutora a partir do açude Araras, com o objetivo de abastecer os municípios de Nova Russas e Crateús.
O Departamento Nacional de Obras Conta as Secas está realizando duas contratações para minimizar os efeitos da seca em Crateús. “Já houve uma licitação para a construção de um grande açude com capacidade de 480 milhões de m³. Além disso, serão perfurados 248 poços com instalação de chafariz e 132 sistemas simplificados com poços e adutoras. Paralelo a isso, as máquinas de perfuração de poços do Dnocs estão sendo utilizadas e só este ano já perfuraram 63 poços”, explica o coordenador estadual do departamento, Ney Barros.
Fonte: Tribuna do Ceará