Para Telma Martins, coordenadora do Núcleo de Prevenção da Aids da Sesa, a feminização da doença não é somente uma realidade local. Em todo o Brasil os dados são semelhantes ou ainda piores. Entre os fatores que acarretaram esta situação, ela destaca a vulnerabilidade feminina e a falta do uso de preservativos. Além disso, o baixo poder aquisitivo, a baixa percepção do risco da doença, as questões de gênero, violência e a falta de políticas públicas contra o HIV também contribuem para essa realidade.
Prevenção
Conforme o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), Manuel Fonseca, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece dois tipos de teste para detectar o vírus durante a gestação. Ele explica que toda gestante precisa fazer um exame no início da gravidez e outro no fim, pois existe uma “janela imunológica”, ou seja um intervalo de seis meses entre a transmissão e a manifestação do vírus HIV.
Atualmente, não é mais possível classificar grupos de risco, e sim comportamentos de risco. “A troca de parceiros e o excesso de confiança fazem com que as mulheres desistam de usar camisinha. É importante se proteger”, frisa.
Telma Martins enfatiza a importância de políticas públicas. Segundo ela, a Sesa lançou em 2009, o Plano de Enfrentamento da Feminização da Aids, com abrangência intersetorial. O programa visa ampliar o acesso ao preservativo, inserir a educação sexual nas escolas, desenvolver ações de redução da transmissão vertical do HIV e da sífilis e a distribuição de insumos e materiais educativos. “Um dos principais objetivos é reduzir o baixo poder de “percepção” do vírus entre as mulheres”.
Fonte: Diário do Nordeste
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