A nova lei que obriga os caminhoneiros a fazerem paradas obrigatórias para o descanso de 30 minutos a cada quatro horas trabalhadas, além do direito a intervalo mínimo de 11 horas ininterruptas por dia, tem gerado insatisfação em grande parte da categoria no Ceará.De acordo com o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros do Ceará (Sindicam-CE), José Tavares, o valor da multa de R$ 127,69 e a perda de cinco pontos na carteira de habilitação do motorista que cometer essa infração são fundamentais para a garantir a segurança desses profissionais no trânsito, mas ele faz uma alerta para uma falha na chamada Lei do Descanso.“Reconheço que ela é importante para tirar a fadiga do trabalhador, mas não existem postos de parada suficientes para a quantidade de caminhoneiros que trafegam diariamente no Ceará”, diz.Tavares explica que a falta de infraestrutura nos estacionamentos e o pouco número de postos de parada prejudicam o comportamento dos caminhoneiros que querem obedecer a legislação. Ele esclarece que o motorista não pode, muitas vezes, respeitar o tempo determinado por não ter onde parar.
O presidente do Sindicam-CE lembra ainda que a falta se segurança nesses postos impedem muitas vezes a busca pelo descanso.
“É grande o número de assaltos e outros tipos de crimes que acontecem nesses postos. Ainda não temos nenhuma manifestação agendada, mas a realização de um protesto para cobrar melhor infraestrutura e mais segurança não está fora de cogitação”, acrescenta.
Fonte: Jangadeiro Online
