Os alunos da rede estadual de ensino de Tianguá, que na tarde de segunda-feira reclamaram mal-estar, momentos após terem ingerido alimentos fornecidos pela Escola de Educação Profissionalizante Professor Sebastião Vasconcelos Sobrinho, tiveram aulas normalmente no dia de ontem. Dos 180 estudantes entre 14 e 17 anos, matriculados neste estabelecimento, que é acompanhado pela 5ª Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (Crede), pelo menos 24 foram encaminhados ao hospital da cidade, com dores no estômago, náuseas e vômitos.Após medicados, alunos permaneceram em observação na unidade hospitalar de Tianguá por um período de cinco horas. "Alguns deles tiveram que tomar algum tipo de medicamento e ficar em observação, outros foram liberados logo em seguida", disse a professora Leila Cristina, coordenadora de turma da escola.
Segundo o grupo de estudantes encaminhado ao hospital, foi por volta das 15h que começaram a surgir os sintomas. O lanche deste horário nem chegou a ser servido e as aulas tiveram que ser suspensas. Para a nutricionista da rede de ensino do Município, Sandra Helena Pedrosa Leite, isto se trata de um caso isolado. "O Município tem uma equipe de nutricionista que acompanha a distribuição e o fornecimento da merenda em diversas escolas", disse ela, que presta serviço ao Município há mais de três anos e faz questão de esclarecer que o problema surgiu numa escola mantida pelo Estado e não pelo Município. Segundo Gentil Teles, diretor financeiro da escola, as refeições são servidas por uma empresa terceirizada e que o material já foi recolhido para análise, num laboratório em Fortaleza. Cada aluno tem direito a dois lanches diários e, ao meio-dia, é fornecido um almoço, que pode ter causado a intoxicação.
Estrutura
A Escola de Educação Profissionalizante Professor Sebastião Vasconcelos Sobrinho pertence à rede de ensino estadual e foi inaugurada em março deste ano. Com vagas para 540 alunos, atende 180, entre 14 e 17 anos, que estudam em tempo integral, nos cursos de Comércio, Estética e Agronegócio, numa estrutura de 4,5 mil metros quadrados, composta de 12 salas de aula.
FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE
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