quarta-feira, 10 de agosto de 2011

FOME NO MUNDO CONTINUARÁ MATANDO MILHÕES DE PESSOAS ATÉ 2020

Em 1974, a Conferência Mundial sobre a Alimentação fixava a meta de eliminar a fome no mundo até 1984. Foi um sonho impossível como admitiram implicitamente, em 1996, os representantes da Fao (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) reunidos em Roma.

Hoje, voltam ainda as previsões da redução pela metade do número de famintos até 2020. Prevê-se que uma massa de 1 bilhão e 300 milhões ainda passará fome naquele ano (2020), sendo que as crianças subnutridas somarão 132 milhões. Um pouco abaixo dos 166 milhões de 1997, mas ainda muitas: uma a cada quatro crianças passará fome.Os números nada animadores estão no relatório “Previsões para o ano 2020 sobre a alimentação mundial: tendência alternativas e escolhas”. No qual diz:

Cada dia, morrem
por causa da fome,
24 mil pessoas.
10% das crianças,

em países em
desenvolvimento,
morrem antes de
completar cinco

anos de idade.

Parece que a América Latina vai conseguir, até 2020, eliminar a fome do continente. A China também reduzirá pela metade seu exército de crianças sub-nutridas com a política do filho único, mas a Índia continuará a ser um problema, pelo aumento da sua população.

A tragédia, porém, continuará na África, onde se anuncia um aumento da fome: a desnutrição infantil passará dos 33 milhões, em 1997, a algo entre 39 e 49 milhões, em 2020.

Segundo o Ifpri, (instituto americano que faz pesquisas sobre a economia dos países pobres ligados à Fao), a África, para reverter esses números, precisaria de 76 a 186 bilhões de dólares, somente para melhorar suas infra-estruturas básicas (estradas, irrigação, saúde, etc). Porém a tragédia das crianças famintas poderia já ser reduzida em parte, se fosse possível aumentar os investimentos pelo menos de 10 bilhões de dólares ao ano (cifra menor de quanto o mundo gasta em armamentos).

“As previsões mais recentes deixam entender que o objetivo fixado em 1996 não será conseguido antes de 2030”: lê-se no site da Fao.

Fonte: Revista "Mundo e Missão"

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