Hoje é um dia triste para a família do tianguaense José Epifânio de Aguiar Nunes, mais uma vítima do trânsito. Antes de tudo quero prestar condolências aos parentes e amigos em nome da equipe desta publicação e dizer o que já sabíamos: precisamos trabalhar muito para construirmos uma sistema de trânsito pacífico e seguro. Será difícil, mas não impossível.
O principal e maior trabalho está em educar motoristas e motociclistas, o que exige empenho de cidadãos e organizações governamentais (Estado) e não-governamentais (ONGs). É de interesse de todos, dos cidadãos porque preserva vidas, e das organizações governamentais porque reduz despesas com o oneroso sistema de saúde. Atualmente os gastos com tratamento de acidentados são altíssimos¹.
No entanto, os cidadãos são os primeiros que devem agir em prol da pacificação do trânsito. As melhores formas de ação não é por protesto e vandalismo, como fizeram alguns tianguaenses, mas pelo exemplo (fazer o certo para que os outros também o façam) e pela conscientização de pessoas próximas. Ninguém precisa tentar educar a população inteira sozinho. Pequenos gestos no cotidiano contribuem significativamente para a atenuação da violência no trânsito. Se policiar enquanto dirige, de forma educada corrigir erros de outras pessoas e criticar atitudes perigosas como manobras arriscadas e o alcoolismo com direção são as principais atitudes.
O uso de equipamentos de segurança como capacete de boa qualidade, jaqueta, luvas, calça e sapato é essencial aos motociclistas, principalmente quando forem pilotar uma moto do naipe da Hornet 600 envolvida no acidente, que tem mais de 100 cv e é naturalmente rápida. No entanto, é preciso saber que o mais eficiente e indispensável equipamento de segurança é a PRUDÊNCIA. O conselho é válido para motoristas de carros e caminhões também.
Ao Estado resta reforçar campanhas de educação e melhorar o sistema de formação de condutores, que apesar das mudanças feitas recentemente permanece ineficiente naquilo é seu dever: formar bons condutores. Mais campanhas diretas e mais fiscalização devem fazer parte do trabalho das prefeituras.
Centenas ou milhares de pessoas perderam a vida no trânsito ibiapabano. O Estado é sempre insensível às famílias das vítimas e só age quando os custos com acidentados compromete o orçamento; nunca age a tempo de resolver problemas (vide o caso do crack). Portanto, é do cidadão o dever maior de contribuir direta e indiretamente para a melhoria do trânsito. Simples gestos bastam para salvar vidas.
Artigo de Diego Menezes
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