O desempenho melhora a classificação no ranking da distribuição do rendimento nominal mensal dos domicílios na área urbana. O Índice de Gini varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de zero, menor é desigualdade de renda.
O Estado era o mais desigual do País em 2000 (com Gini de 0,621), ao lado de Sergipe. Passou para 6ª colocação em 2010 (com Gini de 0,551), junto com o Piauí.
Na comparação nacional da variação, oito estados, todos fora do Nordeste, tiveram desempenho superior.
Os dados foram apresentados ontem por pesquisadores do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). Conforme o economista e analista de políticas públicas do instituto, Vitor Hugo Miro, dois fenômenos poderiam explicar esse movimento de redução de desigualdade.
“Tem um maior índice de urbanização durante a década. Se, na área urbana, encontram condições, não vai aumentar a desigualdade, porque essas pessoas estão com renda e emprego”, comentou Miro.
“Tem um maior índice de urbanização durante a década. Se, na área urbana, encontram condições, não vai aumentar a desigualdade, porque essas pessoas estão com renda e emprego”, comentou Miro.
Uma outra hipótese seria a grande influência dos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. “Estão indo para as áreas urbanas, mas não estão tendo renda zero”, reiterou.
Na área rural, a desigualdade foi pouco reduzida e o Estado caiu no ranking - deixou de ser o 23º mais desigual para assumir a 16ª colocação. Apresentou a quarta pior redução de desigualdade do País, à frente apenas do Amazonas, do Amapá e do Piauí.
“O Ceará já tinha uma desigualdade pequena em 2000. Para reduzir mais ainda, encontra certas dificuldades. Teve uma redução, mas a maioria dos outros estados reduziram mais”, comentou o também analista de políticas públicas do Ipece, Cleyber Nascimento.
O Nordeste está entre as regiões com maior desigualdade do mundo, inclusive, comparada a outros países, afirmou o diretor-geral do Ipece, professor Flávio Ataliba.
“Em 2003, o Brasil tinha a 10ª pior desigualdade do mundo, só perdia para dois países na América Central e o restante na África. Se o Brasil é o décimo mais desigual e o Nordeste é o mais desigual no Brasil, se comparássemos o Nordeste com os outros países, teríamos aí uma das regiões mais desiguais do mundo”, comparou.
Na área rural, a desigualdade foi pouco reduzida e o Estado caiu no ranking - deixou de ser o 23º mais desigual para assumir a 16ª colocação. Apresentou a quarta pior redução de desigualdade do País, à frente apenas do Amazonas, do Amapá e do Piauí.
“O Ceará já tinha uma desigualdade pequena em 2000. Para reduzir mais ainda, encontra certas dificuldades. Teve uma redução, mas a maioria dos outros estados reduziram mais”, comentou o também analista de políticas públicas do Ipece, Cleyber Nascimento.
O Nordeste está entre as regiões com maior desigualdade do mundo, inclusive, comparada a outros países, afirmou o diretor-geral do Ipece, professor Flávio Ataliba.
“Em 2003, o Brasil tinha a 10ª pior desigualdade do mundo, só perdia para dois países na América Central e o restante na África. Se o Brasil é o décimo mais desigual e o Nordeste é o mais desigual no Brasil, se comparássemos o Nordeste com os outros países, teríamos aí uma das regiões mais desiguais do mundo”, comparou.
Reduzir desigualdade social é um desafio de longo prazo e uma decisão política. Acesso a serviços públicos, como saúde e educação, dá condição para gerar emprego e renda, o que pode reduzir a distância entre ricos e pobres.
Fonte: O Povo
Fonte: O Povo
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