Aconteceu no último fim de semana, em Quixadá, mais uma edição dos Jogos Abertos do Interior - Etapa Estadual. Os cerca de 2 mil atletas classificados em suas respectivas regiões competiram entre si disputando medalhas. A abertura dos jogos aconteceu no início da noite de sábado no Ginásio Governador Gonzaga Mota, onde as delegações de todos os municípios participantes foram recebidas. A abertura foi marcada por apresentações de grupos locais inclusive circenses, e pela presença de autoridades, como no caso do secretário de esportes do Ceará Gony Arruda, bem como o prefeito da cidade de Quixadá, Rômulo Nepomuceno Bezerra Carneiro. A cerimônia de abertura ainda teve momentos importantes como o juramento do atleta, no qual os competidores se comprometem a respeitar o adversário e agir dentro das normas desportivas. E por fim o acendimento da pira olímpica, simbolizando o início dos jogos. (para assistir ao vídeo clique aqui) Tianguá esteve representado com o vôlei feminino sendo a única delegação da Serra da Ibiapaba na modalidade. Logo na estréia, as meninas de Tianguá enfrentaram a forte seleção de Morada Nova. Jogo marcado por belas defesas das jogadoras tianguaenses que fez vibrar o público presente. Entretanto, com um time de estatura alta, principalmente a levantadora e as centrais, Morada Nova conseguiu vencer o jogo por 2 x 0. Com parciais de 25 x 13 e 25 x 17. (vídeo do primeiro jogo, clique aqui) Já no segundo jogo, Tianguá ainda buscou acertar os erros do jogo passado, mas Morada Nova levou a melhor, com parciais de 25 x 18 e 25 x 13, eliminando Tianguá.
Na verdade, tanto o vôlei, quanto o esporte em geral, em Tianguá sobrevivem aos poucos. Nossa cidade nunca deu o apoio merecido aos atletas. Jogo vôlei há quase 10 anos e nunca vi por aqui as autoridades de nosso município fazendo algo em prol da classe desportiva. Prova disso é o Ginásio coberto que atualmente tá descoberto, com o teto caindo, a quadra sendo inundada pelas chuvas, e sendo alvo de reformas que não saem do papel.
Quem nos vê participando desses campeonatos nem imagina o que temos que enfrentar todos os anos para conseguir tão sonhadas medalhas. A cada ano nos superamos e buscamos mostrar aos outros municípios que em Tianguá também possui um celeiro de atletas, mas fica difícil, já que temos que admitir que em nossa cidade não há incentivo ao esporte, o que viria a substituir outros problemas sociais como a marginalidade e uso de drogas, por exemplo.
Esporte, além de saúde e lazer, é também cidadania. É respeito ao adversário. É a união de pessoas com um mesmo propósito: vencer em quadras e campos, assim como na vida também. Pedimos mais respeito e consideração para com os atletas anônimos de Tianguá e mais esporte em nossa vida!
Jaírtonh Karlos, jogador de vôlei e auxiliar técnico do feminino nos jogos
A atleta do voleibol Karen Fontele nos enviou uma nota a respeito dos jogos e da situação do esporte em Tianguá atualmente.
Na verdade, tanto o vôlei, quanto o esporte em geral, em Tianguá sobrevivem aos poucos. Nossa cidade nunca deu o apoio merecido aos atletas. Jogo vôlei há quase 10 anos e nunca vi por aqui as autoridades de nosso município fazendo algo em prol da classe desportiva. Prova disso é o Ginásio coberto que atualmente tá descoberto, com o teto caindo, a quadra sendo inundada pelas chuvas, e sendo alvo de reformas que não saem do papel.
Quem nos vê participando desses campeonatos nem imagina o que temos que enfrentar todos os anos para conseguir tão sonhadas medalhas. A cada ano nos superamos e buscamos mostrar aos outros municípios que em Tianguá também possui um celeiro de atletas, mas fica difícil, já que temos que admitir que em nossa cidade não há incentivo ao esporte, o que viria a substituir outros problemas sociais como a marginalidade e uso de drogas, por exemplo.
Esporte, além de saúde e lazer, é também cidadania. É respeito ao adversário. É a união de pessoas com um mesmo propósito: vencer em quadras e campos, assim como na vida também. Pedimos mais respeito e consideração para com os atletas anônimos de Tianguá e mais esporte em nossa vida!
Jaírtonh Karlos, jogador de vôlei e auxiliar técnico do feminino nos jogos
A atleta do voleibol Karen Fontele nos enviou uma nota a respeito dos jogos e da situação do esporte em Tianguá atualmente.
Já se sabe desde sempre que em Tianguá, nenhum esporte nunca mereceu a devida atenção do governo municipal. Campeonatos, sejam eles de que esporte forem, são organizados por iniciativa privada, ou até mesmo por pessoas que se interessam por esporte.
Atualmente “surgiu” em Tianguá uma nova secretária: a de esporte, que ao meu ver como atleta existe apenas para “constar” e para impor barreiras inúteis.
O Voleibol tianguaense( que não conta com NENHUM APOIO MUNICIPAL) representou a cidade nos jogos abertos do interior, onde passamos a primeira fase (voleibol feminino) mas não conseguimos vitória alguma na segunda fase.
Daí surge a indignação não apenas minha, mas de todos os desportistas tianguaenses, em especial o grupo ao qual pertenço que é o voleibol: Como se pode ganhar um torneio de cunho estadual se não dispomos de nenhum material necessário para o treino, e não falo de materiais supérfluos, falo de bolas e rede que são necessários para a pratica do mesmo, além de não dispormos nem de um local adequado para esses treinos, pois o ginásio municipal encontra-se em “reforma”.
Em reunião com o atual secretário de esportes, colegas do voleibol puderam constatar o desinteresse do mesmo pelos esportes nacionais. O interesse dele é o “badminton”, esporte desconhecidos por muitos e um pensamento em um futuro longínquo. Não digo que este pensamento no futuro seja ruim, mas e o hoje onde fica? Igual estamos, jogados às moscas?!?
As seleções de voleibol masculina e feminina sobrevivem as custas dos atletas que praticam o esporte por amor e representam nossa cidade por amor também.
No ultimo final de semana saímos de nossas casa rumo a Quixadá para a fase final do campeonato citado no inicio desse texto. Lá pudemos ver realmente o quanto estamos ABANDONADOS ESPORTIVAMENTE PELO GOVERNO MUNICIPAL. A maioria esmagadora das comissões, contavam com transporte, alimentação, alguns com hospedagem além é obvio de uma comissão técnica. Enquanto Tianguá contava apenas com 8 atletas inscritas e duas bolas de voleibol, que foram compradas por uma integrante da equipe do vôlei, as outras que conseguimos agradecemos à Sobral e ao Leandro, representante do secretário que pediu as mesmas.
Me pergunto então, como pensar em um futuro “olímpico” para uma cidade que NÃO INVESTE NADA nos desportistas de hoje? Acho que ainda posso fazer uma pergunta em nome de todas as atletas que jogaram nesse final de semana “Será que vale a pena todo o esforço coletivo que fizemos para representar nossa cidade, sabendo que não teremos um retorno à altura?”
Espero que tudo isso possa mudar e que nós atletas possamos um dia, não muito distante, ver os que hoje governam nossa cidade desprendendo verbas para o mínimo necessário para a prática de algum esporte de tradição nacional, que não precisemos mais tirar praticamente tudo de nossos bolsos para representar nossa cidade em competições que só viriam a nos engrandecer.
Atualmente “surgiu” em Tianguá uma nova secretária: a de esporte, que ao meu ver como atleta existe apenas para “constar” e para impor barreiras inúteis.
O Voleibol tianguaense( que não conta com NENHUM APOIO MUNICIPAL) representou a cidade nos jogos abertos do interior, onde passamos a primeira fase (voleibol feminino) mas não conseguimos vitória alguma na segunda fase.
Daí surge a indignação não apenas minha, mas de todos os desportistas tianguaenses, em especial o grupo ao qual pertenço que é o voleibol: Como se pode ganhar um torneio de cunho estadual se não dispomos de nenhum material necessário para o treino, e não falo de materiais supérfluos, falo de bolas e rede que são necessários para a pratica do mesmo, além de não dispormos nem de um local adequado para esses treinos, pois o ginásio municipal encontra-se em “reforma”.
Em reunião com o atual secretário de esportes, colegas do voleibol puderam constatar o desinteresse do mesmo pelos esportes nacionais. O interesse dele é o “badminton”, esporte desconhecidos por muitos e um pensamento em um futuro longínquo. Não digo que este pensamento no futuro seja ruim, mas e o hoje onde fica? Igual estamos, jogados às moscas?!?
As seleções de voleibol masculina e feminina sobrevivem as custas dos atletas que praticam o esporte por amor e representam nossa cidade por amor também.
No ultimo final de semana saímos de nossas casa rumo a Quixadá para a fase final do campeonato citado no inicio desse texto. Lá pudemos ver realmente o quanto estamos ABANDONADOS ESPORTIVAMENTE PELO GOVERNO MUNICIPAL. A maioria esmagadora das comissões, contavam com transporte, alimentação, alguns com hospedagem além é obvio de uma comissão técnica. Enquanto Tianguá contava apenas com 8 atletas inscritas e duas bolas de voleibol, que foram compradas por uma integrante da equipe do vôlei, as outras que conseguimos agradecemos à Sobral e ao Leandro, representante do secretário que pediu as mesmas.
Me pergunto então, como pensar em um futuro “olímpico” para uma cidade que NÃO INVESTE NADA nos desportistas de hoje? Acho que ainda posso fazer uma pergunta em nome de todas as atletas que jogaram nesse final de semana “Será que vale a pena todo o esforço coletivo que fizemos para representar nossa cidade, sabendo que não teremos um retorno à altura?”
Espero que tudo isso possa mudar e que nós atletas possamos um dia, não muito distante, ver os que hoje governam nossa cidade desprendendo verbas para o mínimo necessário para a prática de algum esporte de tradição nacional, que não precisemos mais tirar praticamente tudo de nossos bolsos para representar nossa cidade em competições que só viriam a nos engrandecer.
Agradeço o mínimo que nos foi dado, transporte e diárias do motorista.
Karen Fontele, jogadora de voleibol
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