sábado, 26 de janeiro de 2013

CEARÁ DEVE TER CHUVAS ABAIXO DA MÉDIA HISTÓRICA EM 2013, PROJETA FUNCEME

                                                                                        (Foto: Alex Costa)
O que está ruim ainda pode ficar pior? Pode. Pelo menos, essa é a sensação de quem acompanhou a coletiva de imprensa realizada pela Funceme, para divulgar o prognóstico da quadra chuvosa de 2013, na manhã desta sexta-feira (25) no Hotel Luzeiros, em Fortaleza. (Foto: Alex Costa)

De acordo com o órgão, a probabilidade da quadra chuvosa ficar abaixo da média, neste ano, é de 45% contra 35% de permanecer dentro da média e de apenas 20% de ser superior à média.
Para se ter uma ideia, o prognóstico negativo é ainda pior que o realizado no ano passado, quando as chances de chuvas abaixo da média eram 10 pontos percentuais abaixo do projetado para 2013. E foi o que aconteceu, realmente. No ano anterior, as chuvas ficaram 50,7% abaixo da média, representando a quarta pior quadra chuvosa dos últimos 50 anos.

A Funceme esclareceu que o fato de o prognóstico indicar mais chances de chuvas escassas no Ceará em 2013 do que no ano passado não indica obrigatoriamente um quadro pior do que o de 2012. "A possibilidade de chover abaixo é maior e deve ser considerada, mas 2012 foi muito abaixo do que a média, por isso, não necessariamente pode-se concluir que vá chover menos do que no ano passado", explicou o órgão, na coletiva, por meio de sua assessoria.
                                                                                     (Arte: Felipe Belarmino)
Para este ano, a Funceme sinaliza 35% de probabilidade de chuvas em torno da média (712 milímetros) e 20% acima desse nível. Uma diferença pessimista em relação à projeção de janeiro de 2012 para a quadra chuvosa, com, respectivamente, 40% normal e 25% maior - caracterizando um recuo de 5 pontos percentuais na estimnativa de cada item.

Estimativa é baseada em diversas estatítiscas e avaliação da atmosfera
A projeção é realizada com base na análise dos campos atmosféricos e oceânicos de grande escala e de estudos estatísticos de diversos órgãos como Inpe, Inmet e a própria Funceme. As próprias palavras do presidente do órgão, Eduardo Sávio Martins, traduzem o sentimento de tensão para um Estado que depende das chuvas para sobreviver. "A situação é preocupante visto que em 2012 foi um ano de estiagem", colocou. Tanto que logo após a coletiva, foi providenciada uma reunião extraordinária  co Comitê de Combate à Seca para tratara das estratégias a serem traçadas  após a divulgação do prognóstico dos meses de fevereiro, março e abril.

Fonte: Diário do Nordeste