Trabalhar contra a discriminação racial no Brasil é uma tarefa árdua
que exige a colaboração de forma transversal de um conjunto de
instituições de governo e da sociedade civil organizada para
desconstruir o processo de formação e desenvolvimento social, político e
econômico do povo brasileiro, contraditoriamente, marcado pela negação e
alienação da presença e contribuição de homens e mulheres negras.
O
Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, data que institui um
significativo capítulo de nossa história, torna Zumbi dos Palmares um
herói nacional vinculado diretamente à resistência do povo negro. Essa
data serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a
importância da cultura e do povo africano na formação da cultura
brasileira. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa
história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de
nosso país.
É um dia que devemos comemorar, pois temos a
valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos que em
breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados
por nosso povo e nossa história. Passos importantes estão sendo
tomados, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória (Lei 10.639/2013)
a inclusão de disciplinas e conteúdos que abordam a história da África e
a cultura afro-brasileira.
A inclusão de assuntos ligados à
África e ao povo negro na educação formal é uma das estratégias para
reconhecer a presença do negro na história do Brasil. Em Fortaleza, os
negros correspondem a 61,8% (considerando os pretos e pardos), segundo o
IBGE.
Fonte: O Povo