Quando se fala de Nordeste, muita gente pensa logo em praia ou em sertão e seca. Não se lembra de que pode encontrar surpresas como um polo de produção de flores, principalmente rosas, no sertão do Ceará.
Há pouco mais de dez anos, moradores da Serra da Ibiapaba, no Ceará, viram surgir um novo tipo de cultivo. A agricultura girava em torno do feijão, do milho e da mandioca, mas teve suas terras tomadas pelas rosas.
Tudo começou com o gaúcho Paulo Selbach. Como representante de uma fábrica de sapatos, costumava passar pela Serra da Ibiapaba, na divisa entre o Ceará e o Piauí. Quando pernoitava na cidade de São Benedito, a 900 metros acima do nível do mar, o friozinho da serra despertava lembranças. “Comecei a lembrar do meu pai, que sempre dizia que o clima ideal para roseira seria o que se mantivesse o mesmo o ano inteiro. Você tiraria flor o ano inteiro”, diz Selbach.
Junto com o pai, Miro, Paulo já tinha produzido rosas na cidade de Portão, no Rio Grande do Sul. O plantio na serra não era um sonho tão distante, mas ficou arquivado por 10 anos. “No início de 1999, botei na minha cabeça: agora vou fazer esse negócio”, conta. Paulo foi em frente e criou a Cearosa. Doze anos se passaram e a área plantada acaba de ser ampliada de sete para 12 hectares de estufas.
Quem cuida do cultivo é o agrônomo Julio Simanca. Julio veio da Colômbia, país com tradição em produzir rosas de boa qualidade. Em 1999, ele foi contratado pelo governo do estado do Ceará para avaliar as condições para a produção de rosas na serra e acabou ficando. Sobre as condições que favoreceram a entrada do cultivo na região, ele explica: “Uma temperatura média de 24°C a 25°C. À noite, normalmente, temos entre 15°C e 20°C, e, durante o dia, pode chegar a 30°C ou 35°C. E também uma luminosidade muito importante, mas que, durante sete meses, é excessiva e nós temos que procurar mecanismos para quebrar essa luminosidade, seja com plástico ou telas”.
Flor não é alimento, mas, na serra da Ibiapaba, garante a comida na mesa de muitos cearenses.
Ainda hoje, 13 anos depois da introdução do negócio na serra, as fábricas de rosas são das poucas empresas da região que contratam trabalhadores com carteira assinada.
Fonte: G1 CE/economia
Há pouco mais de dez anos, moradores da Serra da Ibiapaba, no Ceará, viram surgir um novo tipo de cultivo. A agricultura girava em torno do feijão, do milho e da mandioca, mas teve suas terras tomadas pelas rosas.
Tudo começou com o gaúcho Paulo Selbach. Como representante de uma fábrica de sapatos, costumava passar pela Serra da Ibiapaba, na divisa entre o Ceará e o Piauí. Quando pernoitava na cidade de São Benedito, a 900 metros acima do nível do mar, o friozinho da serra despertava lembranças. “Comecei a lembrar do meu pai, que sempre dizia que o clima ideal para roseira seria o que se mantivesse o mesmo o ano inteiro. Você tiraria flor o ano inteiro”, diz Selbach.
Junto com o pai, Miro, Paulo já tinha produzido rosas na cidade de Portão, no Rio Grande do Sul. O plantio na serra não era um sonho tão distante, mas ficou arquivado por 10 anos. “No início de 1999, botei na minha cabeça: agora vou fazer esse negócio”, conta. Paulo foi em frente e criou a Cearosa. Doze anos se passaram e a área plantada acaba de ser ampliada de sete para 12 hectares de estufas.
Quem cuida do cultivo é o agrônomo Julio Simanca. Julio veio da Colômbia, país com tradição em produzir rosas de boa qualidade. Em 1999, ele foi contratado pelo governo do estado do Ceará para avaliar as condições para a produção de rosas na serra e acabou ficando. Sobre as condições que favoreceram a entrada do cultivo na região, ele explica: “Uma temperatura média de 24°C a 25°C. À noite, normalmente, temos entre 15°C e 20°C, e, durante o dia, pode chegar a 30°C ou 35°C. E também uma luminosidade muito importante, mas que, durante sete meses, é excessiva e nós temos que procurar mecanismos para quebrar essa luminosidade, seja com plástico ou telas”.
Flor não é alimento, mas, na serra da Ibiapaba, garante a comida na mesa de muitos cearenses.
Ainda hoje, 13 anos depois da introdução do negócio na serra, as fábricas de rosas são das poucas empresas da região que contratam trabalhadores com carteira assinada.
Fonte: G1 CE/economia
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