sábado, 19 de abril de 2014

AVALANCHE NO EVEREST DEIXA PELO MENOS 12 MORTOS, MONTANHISTA CEARENSE PASSA BEM


Uma avalanche na encosta do Monte Everestdeixou pelo menos 12 mortos, segundo autoridades do Nepal, no que é consideradoum dos acidentes mais fatais da história do local. Pelo menos sete outras pessoas estão desaparecidas, e três estão feridas. O alpinista cearense Rosier Alexandre, que está na montanha para uma expedição, passa bem; mas três sherpas de sua equipe estão entre os mortos da tragédia. Os sherpas são os guias nativos que preparam a rota dos alpinistas.
A tragédia ocorreu às 06h45 locais (22h00 de quinta-feira em Fortaleza), em uma área entre os acampamentos 1 e 2 da montanha, localizados, respectivamente, a 5.900m e 6.400m acima do nível do mar. No momento do acidente, Rosier estava no acampamento base, localizado a 5.350m, de onde partiria no próximo sábado (19) para o campo 1.
Conforme informações da esposa de Rosier, Danúbia Pereira, o montanhista cearense está fisicamente bem, mas toda a equipe, composta ainda por um escalador americano, um alemão e uma guatemalteca está abalada. Ainda não é possível saber se haverá condições para a continuidade da expedição de Rosier. A via por onde os montanhistas passariam está bloqueada. Na manhã do próximo sábado (19), uma reunião do guia líder com as autoridades do Everest deve avaliar as condições de segurança da montanha. No momento, ocorre o processo de resgate de corpos na região.  O ataque ao cume - nome técnico para a chegada ao topo da montanha - estava previsto para o dia 20 de maio. 
As avalanches no período da manhã, como a que ocorreu ontem no Everest, não são consideras comuns. Geralmente, acontecem à tarde, quando o sol aquece o gelo com mais intensidade causando o desprendimento.
Rosier realiza a última etapa do seu projeto Sete Cumes, que objetiva escalar as maiores montanhas da Terra. O cearense nascido em Monsenhor Tabosa já venceu o Aconcágua(Argentina), o Kilimanjaro (Tanzânia), o McKinley (Estados Unidos), o Elbrus (Rússia), oVinson (Antártida) e o Carstensz (Indonésia). No fim do projeto, ele será o quarto brasileiro a escalar os sete cumes da Terra.
Fonte: Diário do Nordeste