“Cambista virtual” oferece ingresso a R$ 5 mil (Foto: Reprodução)
A Copa do Mundo estará deixando Fortaleza na próxima sexta-feira (4). E a despedida será com chave de ouro: um jogo da Seleção Brasileira pelas quartas-de-final. Aproveitando-se desse fato, os “cambistas virtuais” chegam a vender ingressos por até R$ 5 mil para o duelo contra os colombianos.
Em grupos de compra e venda no Facebook, os negociantes já estão receosos em publicar os preços dos bilhetes, convidando os compradores para uma negociação em uma conversa particular. A Redação Web entrou em contato 10 pessoas interessadas em vender ingressos para Brasil x Colômbia. Os valores cobrados variam entre R$ 1,7 mil e R$ 5 mil.
Os vendedores parecem não basear a pedida nas categorias dividas pela Fifa, visto que o ingresso mais caro oferecido nos grupos dá direito ao torcedor ficar apenas na categoria 3 do estádio, que originalmente foi vendida pela Fifa por R$ 330. Caso o negociante consiga vender pelo preço cobrado, ele terá um lucro de 1515%.
A categoria 4, que custou R$ 170, chega a ser vendida por até R$ 2 mil, enquanto a categoria 1, setor mais caro (R$ 660), pode ser encontrada por R$ 2,5 mil.
Alguns torcedores parecem se render
Vendedor oferece a R$ 4 mil e recebe contraproposta de R$ 1,5 mil (Foto: Reprodução)
É grande o número de torcedores revoltados com as altas pedidas dos “cambistas virtuais”, mas parece que alguns já está se rendendo. É fácil encontrar quem pague até R$ 1.500 por um bilhete para ver a Seleção Brasileira de perto.
“Sei que é errado, mas hoje a tarde vendi meus dois ingressos categoria 4 por R$ 2.300, cada. Um cara veio buscar e pagou a vista! e garanto: TEM QUEM PAGUE! E detalhe, meu pai conseguiu vender o dele categoria 1 por R$ 3.900″, escreve um vendedor, questionado pelo alto preços dos ingressos.
Cambismo é crime
Conforme o artigo 41 do Estatuto do Torcedor, é crime fornecer, desviar ou facilitar a distribuição de ingressos para venda por preço superior ao estampado no bilhete, com pena de reclusão de dois a quatro anos, além de multa.
Fonte: Diário do Nordeste