Ministro Artur Chioro (Saúde) afirmou neste sábado (11) que "o Brasil continua sendo um País com poucas chances de transmissão" do ebola FOTO: AGÊNCIA BRASIL
O paciente guineano internado e isolado no Brasil não tem Ebola, anunciou neste sábado o ministério da Saúde, depois de receber os resultados do primeiro exame.
"O ministério da Saúde informa que o exame para o diagnóstico do paciente suspeito de infecção pelo vírus Ebola teve resultado negativo", afirma um comunicado, antes de explicar que o exame precisa ser confirmado em 48 horas. "O estado de saúde é bom, não apresenta febre e continua em isolamento total no Instituto de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro", destacou o ministério.
O governo informou que, caso o segundo exame confirme o resultado negativo para o Ebola, o paciente deixará o isolamento e o sistema de vigilância das pessoas com as quais manteve contato será desmontado.
O novo exame de sangue será feito no domingo e a mostra será enviada para a análise em um laboratório especializado no Pará, o mesmo que examinou a primeira prova.
O homem de 47 anos chegou ao Brasil procedente da capital da Guiné, Conacri, de onde saiu em 18 de setembro, com escala em Marrocos e com destino final no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, em 19 de setembro.
O guineano estava na cidade de Cascavel (interior do Paraná) e compareceu na quinta-feira a uma Unidade de Pronto Atendimento depois de apresentar um quadro febril.
As autoridades informaram que ele não apresentou sintomas como vômitos, diarreia ou hemorragia. Na sexta-feira, o paciente foi transportado, em um avião milita e de acordo com protocolos de segurança, do Paraná para o Rio de Janeiro, onde foi levado para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Guiné é um dos três países da África Ocidental, ao lado da Libéria e de Serra Leoa, mais afetados pela epidemia de Ebola, que já matou 4.033 pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os sintomas da doença são febre, diarreia, vômitos, além de fortes dores musculares e das articulações. O vírus é transmitido pelo contato com fluidos corporais de uma pessoa infectada ou ao tocar o cadáver de uma vítima.
Fonte: Diário do Nordeste