sábado, 19 de julho de 2014

COPA 2018: A BOLA ESTÁ COM A RÚSSIA

FOTO: REUTERS
O apito final do árbitro italiano Nicola Rizzoli no jogo entre Alemanha e Argentina, no último dia 13 no Maracanã, celebrou a vitória da seleção europeia, mas também marcou o início da contagem regressiva para a realização da Copa do Mundo de 2018. Muito além da construção de arenas, fora dos campos os desafios da Rússia, nos próximos quatro anos, não são poucos. Eles ultrapassam as fronteiras dos gramados de futebol e confrontam questões sociais, políticas e econômicas do país.
A euforia russa de recepcionar a sua primeira Copa deve trazer à tona toda a polêmica que envolve a organização do maior evento esportivo internacional. Com um futebol atualmente inexpressivo, a julgar pela fraca atuação da seleção no último Mundial, a Rússia promete superar o desempenho nos gramados realizando o torneio mais caro da história. Segundo o premiê Dmitry Medvedev, os gastos podem chegar a US$ 20 bilhões - muito embora críticos acreditem que o valor possa crescer exponencialmente.
O espetáculo esportivo sediado em 11 cidades escolhidas estrategicamente é visto pelos especialistas como uma oportunidade de o presidente Vladimir Putin mostrar para o mundo o desenvolvimento russo e a superioridade tecnológica do país. "Putin usará o esporte como uma máquina de divulgação de seus ideais e em benefício de toda a estrutura que eles criaram no país", avaliou o coordenador do Laboratório de Pesquisa sobre Gestão do Esporte da Universidade de Brasília (UnB), Saulo Henrique Azevedo.
Fonte: Diário do Nordeste