domingo, 28 de julho de 2013

PARTICIPANTES CRITICAM DESORGANIZAÇÃO DA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE

A falta de estrutura do Rio de Janeiro para receber os peregrinos que vieram de todas as partes do mundo para assistir à Jornada Mundial da Juventude (JMJ) tem sido um dos destaques negativos do evento. Apesar dos dissabores, estar presente ao encontro dos jovens católicos e perto do papa Francisco compensa o esforço. Essa é a avaliação da estudante cearense Maria Helena Bastos, 23.

"As dificuldades são enormes. É muita gente. Em relação a transporte, quando o metrô lota, o acesso é fechado e uma verdadeira multidão fica vagando em busca de ônibus. Mas a gente não pode deixar de ressaltar que a população do Rio de Janeiro tem sido muito receptiva", diz.

Outro problema enfrentado por milhares de jovens diz respeito à alimentação. "Quando terminam os eventos, a gente, muitas vezes, não encontra um local para fazer as refeições. O jeito é se virar como puder, como comer Chilitos, por exemplo", afirma.

No intercâmbio com os peregrinos de outras nações, foi possível a Helena perceber que a paciência dos visitantes não é a mesma dos brasileiros. "Eles reclamam bastante e dizem que não entendem como o povo brasileiro aceita esse tipo de desorganização", conta.

Alojamento
A estudante está alojada no Bairro de Cavalcante, onde está localizada a Paróquia Apóstolo São Pedro, num espaço juntamente com cerca de cem pessoas. "Até para tomar banho é uma dificuldade. Afinal de contas, são cem pessoas para um só banheiro. O alojamento tem hora para fechar. Se não acordarmos muito cedo, acabamos perdendo a vez. E aí, o jeito é ficar sem banho ou procurar uma outra opção".

Além disso, por mais paradoxal que possa parecer, a estudante conta que os peregrinos, embora presentes ao palco da JMJ, dispõem de poucas informações sobre o que está ocorrendo no Rio de Janeiro. "Até mesmo em relação à programação existem dúvidas. A gente acaba ficando meio perdida", diz.
Fonte: Diário do Nordeste