No Ceará, o Sistema
de Vigilância Epidemiológica das mortes de mulheres em idade fértil
(10-49 anos) é um evento de notificação compulsória desde 1998. Desde
então planos de ações vem sendo desenvolvidos ao longo dos anos, por
meio de um trabalho integrado entre o Ministério da Saúde/Secretaria de
Vigilância à Saúde/SVS, Nível Central da SESA, Regionais de Saúde,
municípios, equipes técnicas multidiciplinares e interinstitucionais.
No período de 1998 a 2012, foram confirmadas 1.775 mortes maternas
por causas obstétricas diretas, indiretas, não obstétricas, não
especificadas e tardias, sendo 1.622 por causas obstétricas diretas ou
indiretas, com uma média da razão da mortalidade materna, no período, de
78,9 mortes maternas por 100.000 nascidos vivos, índice considerado alto segundo parâmetros da OMS.
Média de mortes no Ceará
Nos
15 anos de estudo, verifica-se que morrem anualmente no Estado 108
mulheres no ciclo gravídico-puerperal por causas obstétricas, com uma média de 9 mortes por mês.
É importante ressaltar que estão excluídas desta análise as mortes
maternas por causas externas, que no Ceará, seguindo os padrões dos
estados brasileiros, vem aumentando ano a ano, principalmente quando se
referem às intoxicações, como o crack e outras drogas.
Fonte: Tribuna do Ceará