
Raimundo trabalha agora para transformar o "Frontera" numa espécie de Outback do quilo no Brasil, a primeira rede do tipo no mundo. Em cinco anos, já são cinco casas na Zona Sul e na Barra da Tijuca. Ainda este ano, mais duas serão abertas. Com o negócio, ele aliou o gosto popular à alta gastronomia, sem deixar de lado o custo-benefício, alma do sucesso desse empresário de 38 anos, que migrou, assim como nove dos seus dez irmãos, da zona rural de Tamboril para trabalhar nos restaurantes do Rio.
O empresário, morador da Barra, casado com uma prima do Ceará, Renata, e pai de quatro filhos, entre 10 meses e 10 anos de idade, é capaz de ficar horas falando sobre as metas de suas empresas.
Os amigos de Raimundo são, na sua maioria, cearenses, "que têm a mesma linguagem" que a sua e trajetórias semelhantes. Ele fala com naturalidade sobre momentos difíceis do passado e lembra que, em períodos de seca, passou fome com a família no Ceará. Por isso, a vontade de trabalhar numa churrascaria.
O empresário diz que não gosta de ostentar e se recusa a ser chamado de novo-rico. Ele não cursou universidade, mas tem um discurso afinado com a linguagem dos negócios e do marketing: "Gosto mais da vitória do que do dinheiro. Ser rico é ter liquidez. Hoje eu prefiro não ter dinheiro, mas um produto com o qual eu possa ganhar dinheiro e crescer com."
Fonte: O Globo
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