Os investimentos no Semiárido nordestino minimizaram fortemente os
efeitos da seca, proporcionando melhores condições aos moradores, que
enfrentem uma das mais graves estiagens dos últimos 30 anos. É o que
declarou ontem Antônio Gomes Barbosa, coordenador do Programa Uma Terra e
Duas Águas, da rede de organizações Articulação no Semiárido Brasileiro
(ASA). Mas reconhece que, a partir deste mês, a situação tende a ficar
mais grave, castigando a região em 2013.
“Nos últimos
10 anos, passamos por um processo de construção de cisternas. Hoje, há
quase 700 mil no Semiárido, onde as famílias podem guardar água de
qualidade. Por isso, a pressão (dos efeitos da seca) é menor”, explicou.
As chuvas típicas de abril e maio ficaram abaixo dos níveis esperados. Pelas previsões do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as precipitações podem ficar aquém do previsto na última semana de novembro. A previsão é que chova em janeiro, em algumas cidades e abaixo do volume necessário para reverter o cenário.
Barbosa alertou que as águas estocadas em 2011 acabaram em alguns municípios. O problema, segundo ele, não está limitado às zonas rurais. “Várias famílias abandonaram casas e roças e foram para as cidades. Parte dos animais, base econômica de muitas famílias, foi perdida”, contou.
Fonte: O Povo