Foto: Alex Costa
Afinal, dinheiro traz ou não traz felicidade? Embora, mais algum no
bolso melhore a avaliação das pessoas em relação à sua condição de vida,
dinheiro nem sempre é tudo. É que revela estudo divulgado na semana passada, pelo
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Apesar de pobre, a
região mais feliz do Brasil é o Nordeste, com nota média (em uma escala
de 0 a 10) de 7,38. Se fosse um país, estaria em 9º lugar no ranking
global, entre a Finlândia e a Bélgica e acima de 94% das 146 nações
pesquisadas. As médias das demais regiões brasileiras são 7,37 no
Centro-Oeste, 7,2 no Sul, 7,13 no Norte e 6,68 no Sudeste.
Já o Brasil, com média nacional de 7,1, ficaria na 16ª posição entre os
países mais felizes do globo no ranking medido pela Gallup World Pool.
Em 2010, esta mesma classificação apontava uma felicidade média do
brasileiro de 6,8. Os dados fazem parte do comunicado Nº 158, intitulado
2012: Desenvolvimento Inclusivo Sustentável?, confeccionado a partir da
aplicação de questionário em 3.800 domicílios, em outubro último.
Dinheiro não definePara o presidente do Instituto, Marcelo Neri, embora os indicadores mostrem crescimento econômico pouco expressivo este ano, a satisfação do brasileiro não tem sido afetada drasticamente. "Temos mais felicidade que dinheiro no bolso", afirmou. "O brasileiro é consumista, mas não é isso que o define.
Os dados mostram que a felicidade aumentou ao longo do tempo e que a variação de renda não implica em grandes variações de satisfação," disse, destacando que nenhum outro país é tão "insensível" à variação de renda, em comparação a outras nações.
Fonte: Diário do Nordeste