segunda-feira, 17 de outubro de 2011

SOBRAL, ITAPIPOCA E TIANGUÁ TÊM A MAIOR INCIDÊNCIA DE CASOS DE CALAZAR NO CEARÁ

Sobral, Itapipoca e Tianguá têm a maior incidência de casos de leishmaniose visceral (calazar) no Ceará este ano, seguidas de Baturité, Crato e Juazeiro do Norte. Para combater a doença instrutores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ministram na próxima semana (17 a 21), no Laboratório de Análises Clínicas da Escola de Saúde Pública do Ceará, em Fortaleza, o II Curso de Taxonomia de Vetores das Leishmanioses para laboratoristas de entomologia das 21 Coordenadorias Regionais de Saúde (Cres).

Com o curso, os laboratoristas estarão capacitados para identificar os flebotomíneos, pequenos insetos responsáveis pela transmissão de algumas doenças aos humanos e animais, como as leishmanioses, de maior importância pela distribuição geográfica e número de casos.

As leishmanioses tegumentar e a visceral estão em expansão no Ceará, embora tenham maior importância epidemiológica em determinadas regiões. No Brasil, a leishmaniose visceral é uma doença endêmica com registro de surtos freqüentes.

No Ceará, a doença se encontra em tendência crescente de incidência, com surtos periódicos. As microrregiões de maior incidência são em ordem decrescente: Canindé, Juazeiro do Norte, Crato, Caucaia, Sobral, Acaraú, Fortaleza, Tauá e Maracanaú.

O número de casos de leishmaniose visceral (calazar), zoonose que ataca o fígado, o baço e a medula óssea, foi de 594 em 2008, com 33 óbitos. Em 2009 foram confirmados 432 casos, com 16 óbitos. No Ceará, na última década, o aumento no número de casos de leishmaniose tegumentar foi atribuído a surtos localizados em alguns municípios.

As leishmanioses são um conjunto de doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania. De modo geral, essas enfermidades se dividem em leishmanioses tegumentares, que atacam a pele e as mucosas, e viscerais (ou calazar), que atacam os órgãos internos. O protozoário, ou parasito, é transmitido ao homem (e também a outras espécies de mamíferos) por insetos vetores ou transmissores, os flebotomíneos.

No Brasil, esses insetos são conhecidos por diferentes nomes de acordo com sua ocorrência geográfica, como tatuquira, mosquito palha, asa dura, asa branca, cangalhinha, birigui e anjinho.

Fonte: Diário do Nordeste

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