A situação dos açudes do Ceará é considerada crítica pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). O Ceará
vive, atualmente, um dos piores períodos de estiagem dos últimos 40
anos, mesmo com as chuvas que caíram nas últimas semanas, segundo a
Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). A pouca chuva
repercute diretamente no volume dos açudes que contribuem para o
abastecimento de água em todo o Ceará. Com as últimas chuvas, o volume
dos açudes em apenas 0,01%
O açude Castanhão, localizado na região metropolitana de Fortaleza, foi
o que mais se beneficiou com a chuva, aumentando em três centímetros o
nível do reservatório. Em outras regiões, a situação também é crítica. A
bacia mais afetada continua sendo a do Sertão de Crateús. O açude
Colina, em Quiterianópolis, está praticamente seco, com apenas 5% da capacidade de armazenamento.
Em Crateús, o nível do açude Carnaubal também é baixo, com apenas 7,35%. Esses municípios estão dependendo do açude Flor do Campo, em Novo Oriente,
para receber água de carros-pipa. O Flor do Campo também corre o risco
de secar, já que está com apenas 21% da capacidade de armazenamento.
A segunda bacia mais crítica é a do Curu, no Sertão Central, onde estão
concentrados 11 açudes. Em quase metade deles, o volume de
armazenamento não alcança 10% da capacidade. Apesar da situação
preocupante, o gestor da Cogerh, Ricardo Adalberto, diz que uma das
soluções para garantir o abastecimento de água da região até o fim do
ano é a liberação de água do açude Jaburu.
Dos 139 açudes monitorados pela Cogerh, o açude Gavião, em Pacatuba,
é o único do Ceará em situação considerada boa, com 92% da capacidade
de armazenamento. Esse percentual é possível porque o reservatório é
interligado a outros açudes do estado por meio do Eixão das Águas e do
Canal do Trabaslhador. Com isso, a possibilidade de racionamento de
água, em Fortaleza, está descartada, segundo a Cogerh.
Fonte: G1 CE