terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

CEARÁ TEM MENOS DE UM MÉDICO PARA CADA MIL HABITANTES

Apesar dos 9.953 médicos registrados no Estado, estudo divulgado, ontem, pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) denúncia: ainda faltam profissionais para atender à grande demanda, principalmente na Atenção Básica. O Ceará tem menos de um médico para cada mil habitantes; a razão é de 0,75 no Sistema Único de Saúde (SUS), a quarta pior colocação do País.

A ´Demografia Médica do Brasil´ revela que 64% (6.461) estão na rede pública. Mas onde, em que especialidades? Na matemática cearense, a problemática é a centralização nos grandes hospitais e carência nos postos de saúde e no Programa Saúde da Família (PSF), locais em que a população tem demandado e necessita.

E para agravar o cenário, a maioria dos médicos está ainda concentrada na Capital (7.821), 78% deles. Enquanto Fortaleza tem uma taxa de 3,16 médicos para cada mil habitantes, no Interior a situação é pior, de 0,003. Levando em consideração rede pública e privada, a taxa de cobertura cearense é de 1,16, ficando abaixo da média nacional de 2. O País já soma mais de 388 mil médicos no CFM.

Para o presidente do Conselho Regional de Medicina do Ceará (Cremec), Ivan Moura Fé, é preciso enfrentar esse dilema - se faltam ou não médicos - e pensar sim na universalização.

"Até que existem profissionais, problema é que estão todos centralizados em determinados locais e em algumas residências. O SUS é o que mais tem sofrido com essa precarização", afirma.

Mas, a realidade do Ceará não é diferente dos demais estados. Número de médicos nas capitais chega a ser quatro vezes maior que no Interior dos estados. E muitas são as nuances do problema, detalha o presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec), José Maria Pontes.
 

Fonte: Diário do Nordeste