quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Tiririca faz teste para provar que não é analfabeto

O deputado federal mais votado nas eleições deste ano, o palhaço Tiririca, fez nesta quinta um teste de alfabetização exigido pela Justiça Eleitoral. Ele foi convocado para provar que é verdadeira a declaração de escolaridade que apresentou ao se candidatar.

Aparentando tranquilidade, Francisco Everardo, o palhaço Tiririca, chegou ao Tribunal Eleitoral de São Paulo escoltado por quatro seguranças.
Tiririca está sendo processado pelo Ministério Público Eleitoral por falsificação da declaração de escolaridade, documento obrigatório para se registrar uma candidatura a cargo eletivo.

Na época do registro, o TRE de São Paulo não viu qualquer irregularidade. Tiririca foi eleito deputado federal com a maior votação do país: 1,3 milhão.

Logo no início, o juiz perguntou a Tiririca se ele aceitaria se submeter a um exame grafotécnico. Ele escreveria algumas palavras na frente de dois peritos.

Baseado num artigo da Constituição Brasileira, que estabelece que ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo, o deputado eleito se recusou a fazer a perícia.

O juiz ditou, então, um parágrafo de um livro sobre a Justiça Eleitoral. De acordo com o presidente do TRE, Tiririca escreveu. Depois, foi a vez de testar os conhecimentos de leitura.

“Exatamente um texto de jornal, ele leu. E foi pedido que ele lesse um segundo texto do jornal, e ele leu”, contou o presidente do TRE, desembargador Walter de Almeida Guilherme.
De tarde, a audiência continuou com o depoimento de quatro testemunhas: três de defesa e uma de acusação. “O juiz vai chegar à conclusão se ele realmente fez uma declaração falsa quando disse que era alfabetizado, ou não. Se a declaração era verdadeira”, disse Walter de Almeida Guilherme.

O presidente do tribunal explicou que este processo não se refere no registro de candidatura. “Isso não interfere com a diplomação. Ele vai ser diplomado independentemente do resultado ou da decisão do juiz”, finalizou Walter de Almeida Guilherme.
FONTE : JORNAL NACIONAL DA REDE GLOBO

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