sábado, 24 de setembro de 2011

SITUAÇÃO DE MATADOURO PREOCUPA POPULAÇÃO DE SÃO BENEDITO

O matadouro público do município de São Benedito, a 315 quilômetros de Fortaleza, se transformou em um problema para as mais de 600 famílias que moram na região. O prédio foi instalado há 25 anos em uma área onde antes não existiam casas, mas, atualmente, a situação é outra. Segundo a secretaria de agricultura do município, no matadouro são abatidos cerca de 550 animais por mês. De acordo com moradores, restos dos animais são jogados no terreno ao lado sem nenhum cuidado, atraindo muitas moscas e representando um risco para a saúde.

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Matadouro no CE interditado por falta de higiene é reformado e reaberto Falta de higiene e infraestrutura atinge a maioria dos matadouros públicos do Ceará Matadouros são interditados por falta de higiene e estrutura no Ceará Os funcionários do matadouro não quiseram gravar entrevista, mas, segundo eles, além dos restos de animais jogados ao redor do prédio, há outro sério problema de saúde pública: o sangue dos animais abatidos é lançado em uma vala a céu aberto que segue pelo mato por trás do matadouro. A grande quantidade de insetos tem aumentado os casos de doenças de pele nas crianças. A filha de Eunice Marques de Brito está com o corpo cheio de coceira e a dona de casa já não sabe mais o que fazer. “Ela tem bastante coceira e mesmo passando pomada para evitar, não melhora”, diz.

A comerciante Raimunda Isaías Chaves teve que deixar de vender refeições. “Vendia panelada e feijoada e tivemos que parar porque o mau cheiro espantava os clientes”, afirma Raimunda. Os moradores criaram uma associação e procuraram a secretaria de meio ambiente de São Benedito. “Emitimos um abaixo assinado para a Semace no dia nove de agosto, mas não tivemos nenhuma resposta até agora”, diz o suplente de vereador Benedito de Souza, que é integrante da associação.

Prefeitura planeja mudar matadouro de local
Porfírio Magalhães, veterinário responsável pelo matadouro público, disse que a secretaria de agricultura do município fez um levantamento da situação e planeja mudar o prédio para outro local. “Estamos programando para o mais rápido possível a alocação de recursos para retirar esse matadouro e construir outro em uma área seis quilômetros da atual localização”, disse Porfírio. Por lei, os matadouros devem ser construídos a pelo menos um quilômetro distante da área urbana.

FONTE: G1

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