terça-feira, 8 de abril de 2014

JOGADOR TIANGUAENSE FALA DA ALEGRIA DE JOGAR NO SANTOS F.C

O sonho de se tornar um Menino da Vila  
A garotada sabe que, chegando à Vila, terá uma chance de brilhar

Anderson Santos está há seis meses fora de casa pois ganhou uma oportunidade no Santos F.C. Ele fala de suas lembranças e que gostava de se sentar à mesa com os pais e irmãos para contar como se saiu em campo, após o treino na escolinha municipal de Tianguá.  Estar tão longe de casa e morrendo de saudades é um preço alto que aceitou pagar para realizar seu  sonho: tornar-se um Menino da Vila.

Assim como este tímido meia-esquerda, outras dezenas de garotos largaram suas famílias em outros estados para fazer parte da categoria de base mais valorizada do Brasil na atualidade. A meta? Seguir os passos de Diego, Robinho, Ganso, Neymar, e tantos outros que viram brilhar com a camisa alvinegra.
O Santos atrai uma infinidade de sonhadores. Se nos anos dourados, o Peixe ia buscar seus craques na várzea da Baixada ou mesmo na areia da praia, hoje pode se dar ao luxo de abrir suas portas e apenas esperar a chegada de uma nova promessa. O clube se tornou porto seguro para quem sonha em ser jogador profissional.

“Todo garoto que joga bola sabe que o Santos é uma vitrine. Quem não largaria tudo para estar aqui?”, diz Anderson Santos, agora chamado de "Ceará" no time sub-15 do Peixe.

Vivendo no alojamento da Vila Belmiro, o jogador está há mais de 3 mil quilômetros da família, que segue na caatinga cearense torcendo pelo sucesso do filho pródigo. Se há chance de ter uma recompensa para tantos jogadores que deixam para trás o convívio familiar, ela é muito maior na Vila Belmiro, acredita Ceará. Ele e outras dezenas de sonhadores.

Anderson Santos, sub-15  é de Tianguá (CE) e resume bem sua história até aqui:
“Eu cheguei aqui em outubro de 2013. Jogava numa escolinha da prefeitura de Tianguá (CE) e surgiu a chance de fazer um teste no Santos. Hoje, moro no alojamento na Vila com vários moleques. A saudade é difícil. Eu choro à noite, mas tem de aguentar. Lá na frente sei que serei recompensado. Meu pai é pedreiro e minha mãe, dona de casa. Eu mando o dinheiro para os meus pais para ajudar (recebe R$ 1,2 mil). É mais do que meu pai ganha no serviço de pedreiro. Se Deus quiser, vou virar profissional e trazer a família para cá.”

FONTE: REDE BOM DIA