A seca deixou frutas, verduras e hortaliças mais caras para o consumidor no Ceará
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Os preços na unidade das Centrais de Abastecimento do Ceará (Ceasa),
por exemplo, chegaram a dobrar em um ano, reflexo da queda na produção
das fazendas do estado e da compra de produtos agrícolas colhidos em
lugares cada vez mais distantes, segundo os vendedores.
É o caso da cenoura, que agora vem de Minas Gerais. A caixa de 25
quilos subiu de R$ 10 para R$ 25 em pouco mais de um ano na Ceasa.
Batata, repolho e chuchu também estão chegando do Sudeste. O preço alto
do frete deixa os produtos ainda mais caros.
“O comerciante paga o preço. É o jeito. Não podemos deixar a mercadoria
faltar'', diz o comerciante Carvan, da Ceasa. “Eu fazia compras aqui na
Ceasa com R$ 600. Hoje eu gasto R$ 1.700 com as mesmas coisas que eu
levava há dois anos'', diz a comerciante Josefa Castro.
Até mesmo as frutas que costumam ser fartas no Ceará estão mais caras. A
caixa de 20 quilos do mamão, segundo os comerciantes, custava R$ 10 no
início de 2012 sai por R$ 20. O melão passou de R$ 15 para R$ 30 no
mesmo período.
O jerimum, que ainda é produzido no estado, sai por R$ 1,80 o quilo.
''A produção do Nordeste tem declinado devido às poucas chuvas. A
preocupação do pequeno produtor ou do agronegócio agora é se planejar
para mais um período sem chuva'', diz Odálio Girão, analista de mercado
da Ceasa.
Alguns produtos precisam vir de outros países porque a produção
nacional não dá conta do abastecimento como a cebola holandesa e do alho
argentino. O aumento de preços assusta o consumidor. O alho está R$ 11 o
quilo.
Fonte: G1 CE