terça-feira, 14 de maio de 2013

PREFEITOS DO CEARÁ VOLTAM A COBRAR AÇÕES EFETIVAS CONTRA A SECA

Dante de um cenário em que 14 municípios estão em situação de colapso e outros 21, ameaçados de entrar em colapso, a Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece) realizou ontem um dia de mobilização para protestar por ações emergenciais e estruturantes de combate à seca. Prefeitos se reuniram na entidade com o objetivo de cobrar a liberação de recursos anunciados pelo Governo Federal no último dia 2 de abril, quando a presidente Dilma Rousseff (PT) lançou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) especial para a seca.

O assessor técnico de desenvolvimento rural da Aprece, Nicolas Fabre, criticou que foi prometido pelo Governo Federal, por exemplo, o aumento de 30% da frota de carro-pipa, mas até hoje não se sabe quando nem como vão chegar. “Uma coisa é anunciar aumento de recurso. Outra é saber quem vai entregar e quando”, pressionou Nicolas Fabre, citando que o pacote previa também entrega de equipamentos, como retroescavadeiras e pás niveladoras.

“A seca do Nordeste não é surpresa. A gente não pode viver de esmola, de programas emergenciais todo ano. Tem que se pensar também na prevenção, com projetos estruturantes”, afirmou. Por isso, para elevar o tom de cobrança, a Aprece orientou que todos os prefeitos fechassem as portas ontem, mantendo apenas serviços essenciais. “Pedimos também que usassem fita preta no braço, simbolizando a luta, o luto pelos animais, pela morte da terra”, afirmou a presidente da Aprece, Adriana Pinheiro, prefeita de Fortim, no litoral leste.

Fonte: O Povo