quinta-feira, 29 de maio de 2014

ALERTA: COM MAU INVERNO NO PRÓXIMO ANO, JABURU PODE CHEGAR A 13% DA CAPACIDADE


                                                                                                                                       foto: Sitônio Celulares
Falar em Jaburu, é lembrar de banho, de fartura d’água e muito mais. Há, ou havia, uma teoria, guardada as devidas proporções à história do Titanic, navio que todos consideravam impossível de acontecer a tragédia que ocorreu em 1912, pois é praxe se dizer que o Jaburu “tem água para 4, 5 anos de seca que não causaria problemas de abstecimento de água”, falar-se em Jaburu é lembrar da bela paisagem que aquele manancial oferece, ou oferecia aos seus visitantes e banhistas, porém a realidade não é bem assim.
Podemos ter um colapso no abastecimento d'água ano que vem. O problema é que, na cabeceira da Jaburuna em Ibiapina choveu bem, dentro da média histórica ( uma das raras cidades que ficou dentro da média histórica em se tratando de pluviomentria), mas existem muitas barragens particulares até chegar ao Jaburu incluindo uma de 12 metros de altura, isto quer dizer que demorou muito a passar água pra o manacial, pois tem que sangrar as ditas barragens primeiro. Agora com a redução das chuvas, deve começar a cair o índice que é de 43,65% ( Cogerh). Seria um bom índice se o Jaburu não abastecesse cerca de 400 mil habitantes da região e se não fosse tão utilizado para irrigação de hortas.

O certo era as autoridades da região já terem um plano de ação para redução do consumo, pois o prognóstico para 2015 não é nada animador, pois o El Niño está atuando fortemente no Pacífico infuenciando na chamada quadra invernosa de 2015, segundo estudos já realizados. O Jaburu perdeu 30% desde julho de 2013 até o nível mínimo em fevereiro deste ano que chegou a 38%, isto quer dizer que, caso ocorra um consumo como o do ano passado e venha a se confirmar o prognóstico de um inverno ruim para o próximo ano, podemos ter cerca de 13% da capacidade do Jaburu em feveiro de 2015. Fica o alerta, pois sem água, não há como se ter nenhum outro benefício, nem o principal, a vida.

Por Ronald Pinheiro / Portal Voz do Repórter