FOTO: Natinho Rodrigues
Em dez anos, o Brasil perdeu pouco mais de um terço dos Telefones de Uso Público (TUPs), os orelhões. Se, em 2004, era cerca de 1,3 milhão, hoje esse número caiu para 875 mil, conforme estudos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Levantamentos apontam que, em 2000, o Ceará contava com mais de 50 mil orelhões e, em 2011, com apenas 30 mil.
Em tempos de avanços tecnológicos, os serviços oferecidos por esses aparelhos cedem espaço, gradativamente, para a telefonia móvel. Tanto que a própria Anatel, encarregada de fiscalizar o setor, admite que o serviço tende a ser reduzido ainda mais. O certo é que há uma pressão das teles para que a meta do próximo plano para o período 2016-2020 seja de apenas um aparelho para cada mil habitantes no País. Atualmente, essa relação é quatro TUPs a cada mil.
Pouca lucratividade seria a principal causa. A agência diz que 50% dos telefones de uso público no País, hoje, registram apenas duas chamadas por dia. Porém, em 1997, na corrida pelo usuário, a telefonia fixa era o maior destaque. Mas, na atualidade, o consumidor quer ter acesso a todos os serviços "de forma convergente". Tanto que a telefonia fixa vem sofrendo queda desde 2002.
Enquanto isso, cresce a utilização dos celulares. O número de linhas móveis passou de 65 milhões, em 2004, para 272 milhões nos dias de atuais, ou seja, mais de uma para cada habitante. Porém, a área técnica da Anatel, deve propor no próximo plano geral de metas que, como contrapartida à redução dos orelhões, as empresas reduzam a tarifa básica do telefone fixo.
Fonte: Diário do Nordeste