sábado, 5 de janeiro de 2013

DESERTIFICAÇÃO: 57% DO TERRITÓRIO CEARENSE SOFRE COM PROCESSO DE DEGRADAÇÃO DO SOLO

Caracterizado por um processo de degradação do solo nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas, a desertificação é um problema encarado em parte do Ceará. As áreas cearenses que passam por esse processo foram dividas em três núcleos, que somam 13 municípios. Os núcleos são: Irauçuba/Centro Norte; Inhamuns e Jaguaribe.

De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), boa parte dos municípios do Ceará passam por processos de degradação muito grave/ grave (88) ou moderado (18). A gerente do Núcleo de Recursos Hídricos e Ambientes da Funceme, Margareth Carvalho, ressaltou que o fenômeno é característico da região Nordeste, abrangendo parte de Minas Gerais e do Espírito Santo. “Nos outros estados há outros processos que assemelham, mas não é o mesmo”, disse.

A grave seca de 2012 ajudou no agravamento da situação, como falou a gente. “A vegetação perdeu completamente as folhas, solo ficou nu, houve erosão eólica (com a falta de chuva ocasiona esse tipo de erosão). E as primeiras chuvas acontecem no solo solto e frágil, que vai carreando, causando erosão”, afirmou.

Causas e consequências
De acordo com Margareth, o Ceará tem um histórico de degradação. “Originalmente tem um solo suscetível, pouco raso, com embasamento cristalino. Com chuva, vento e erosão, naturalmente, aparece a rocha e [o solo] perde a camada fértil”, explicou. Ela também afirmou que as causas humanas da desertificação são: maneira do cultivo agrícola, da pecuária, desmatamento desordenado, queimadas em épocas de preparo do solo, manejo incorreto do sola que acarreta a erosão.

Os impactos gerados refletem “na queda na produtividade agrícola, perda de biodiversidade, perda de solo por erosão, assoreamento do rios e reservatórios, migração da população e agravamento dos problemas sociais”.

Fonte: Jangadeiro Online